Direito Comparado sob o aspecto feminino

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Painel destacou o protagonismo da pesquisa comparativa na atualidade e como ela contribui para o conhecimento jurídico.

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A segunda semana de programação do Mês da Mulher AASP começou na segunda-feira (6/3) com o painel “Direito Comparado sob o aspecto feminino”, com moderação do Advogado e Conselheiro da AASP Leonardo Guerzoni Furtado de Oliveira e as palestrantes Rita de Cássia da Silva e Vânia Petermann.

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Rita de Cássia da Silva deu início ao webinar, diretamente de Nova York, concentrando sua fala no Direito Internacional Comparado. “A importância do Direito Comparado vem sendo muito destacada, a pesquisa jurídica comparativa contribui para a evolução e o alargamento das fronteiras e do conhecimento jurídico. Hoje, com a grande facilidade de comunicação, destacamos o maior relacionamento entre os países e as pessoas nos planos político, econômico, comercial ou pessoal”, ressaltou.

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Rita também falou sobre o assédio, tendo em vista o aspecto feminino e fazendo uma comparação com a legislação estadunidense. “Nos Estados Unidos, diferentemente do Brasil, que utiliza a CLT, a legislação é pautada por jurisprudências. O país possui uma legislação federal com regras mínimas e leis que atuam contra a discriminação do empregado quando há tratamento injusto devido a raça, cor, religião, sexo, gravidez, identidade de gênero, orientação sexual, nacionalidade, idade, deficiência ou informação genética. Para eles, a melhor ferramenta contra o assédio é os empregadores tomarem medidas de prevenção e combate a esse problema e também o incentivo à denúncia”, explicou.

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Vânia Petermann contextualizou sua trajetória de estudos sobre o Direito Comparado, comentando algumas linhas de pesquisa. “Trabalho na linha de autores que dizem que o Juiz deve saber de si mesmo para poder decidir sobre os outros. Isso faz parte da imparcialidade que precede o ato de julgar. Seguindo essa lógica, a comparação jurídica ou qualquer exercício de busca de doutrina, jurisprudência ou qualquer coisa que seja para tomada de decisão já está sendo parcial”.

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Vânia ainda fala sobre a comparação de culturas. “Acredito que não seja possível comparar uma cultura a outra, mas sim nos inspirar”, concluiu.

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O moderador Leonardo Guerzoni Furtado de Oliveira encerrou o painel agradecendo a participação das palestrantes e deixando as portas da Associação abertas para que elas possam abordar, em novas ocasiões, essa pauta tão importante e atual para o Direito



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