Palestrantes contaram como foi o caminho até se tornarem líderes e os obstáculos que superaram.
Na quarta-feira (22/3), às 19h, dando continuidade à programação do Mês da Mulher AASP, aconteceu o painel “Os desafios da mulher que lidera”, com a participação de Carolina Fera, Advogada e Especialista em Direito Contratual, Lídia Abdalla, Bioquímica e mestre em Ciências da Saúde, Patricia Agra Araujo, Advogada com mais de 20 anos de experiência nas áreas Concorrencial, Regulatória e de Compliance, e Ludmila Stigert, Advogada, Mediadora Judicial e Extrajudicial. O debate contou com a mediação da Advogada e Conselheira da AASP Ana Cândida Menezes Marcato.
As palestrantes deram início ao painel fazendo uma breve apresentação de sua trajetória profissional e também contando quais foram os principais desafios que enfrentaram para chegar aos cargos de liderança.
“As mulheres realmente enfrentam mais obstáculos, quantitativos e qualitativos. Na minha trajetória profissional, enfrentei diversas situações de machismo, por exemplo, ser a especialista do assunto em uma reunião, mas quando o cliente faz a primeira pergunta se dirigir ao meu sócio. Acho que os desafios são muitos, mas meu conselho é descanse, mas não desista. Devemos ser mais empáticas com nós mesmas. É um caminho duro, mas que vale a pena”, disse Patricia.
Lídia baseou a sua fala na liderança pelo exemplo. “O setor de saúde tem um grande número de mulheres, mas nos cargos de alta liderança é muito mais frequente vermos homens atuando. Acredito que a responsabilidade que temos de pegar para nós enquanto líderes, gestoras, profissionais é de ser exemplo e inspiração para as que ainda virão. Assumi cargos de gestão e liderança na minha carreira até chegar à presidência do grupo que atuo em 2014 porque estava preparada para isso e tive as mesmas oportunidades. Então digo que os meus principais desafios não foram internos, e sim externos, no mercado mesmo”, explicou.
“Penso que os nossos maiores desafios estão dentro de nós mesmas. Claro que temos todo o ambiente externo, mas acredito que ninguém pode me parar, apenas eu mesma. Então se sei claramente dos meus pontos fracos, fortes, o porquê estou aqui e aonde quero chegar, isso não para nenhuma mulher. Para chegar a um cargo de liderança é preciso agir como uma líder, e o que uma líder faz é inspirar e passar confiança para outras mulheres. Para isso você precisa conhecer o seu propósito”, ressaltou Ludmila.
“Passei por diversos desafios ao longo da minha trajetória profissional, mas sempre tive muito claro em minha mente quem eu era e onde gostaria de chegar, e isso sempre me manteve no caminho. Também tive um grande exemplo de mulher, mas acredito que não exista obstáculo que uma mulher determinada não consiga ultrapassar”, finalizou Patricia.
Ana Marcato encerrou o painel falando sobre a importância da fala inspiradora de cada uma das palestrantes e fez o convite para que todos continuem acompanhando os próximos painéis do Mês da Mulher AASP.
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