Evento online discute linguagem simples e acesso aos serviços públicos

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O canal do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no YouTube transmitiu, nesta quarta-feira (22), a palestra Linguagem Simples no Trabalho: comunicação efetiva para facilitar o seu dia a dia e promover igualdade de acesso aos serviços públicos.

O evento, que integra uma série de ações voltadas para incentivar a comunicação simples e democratizar o acesso ao serviço público, contou com a presença do ouvidor do tribunal, ministro Rogerio Schietti Cruz, e da ouvidora auxiliar, Valéria Ferraz. Também participaram Gabriela Brasil Nascimento e Marília Mesquita Resende, do Laboratório de Gestão Inovadora do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (LA-BORA!gov).

Na abertura, Schietti apontou que um dos primeiros passos para a comunicação simples é reduzir as formalidades excessivas. Segundo ele, adotar a linguagem simples exige um esforço contínuo para superar um hábito estrutural, especialmente no Poder Judiciário. O ministro mencionou a iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de lançar o Pacto Nacional do Judiciário pela Linguagem Simples. "Nosso principal desafio, como operadores do direito, é equilibrar o rigor técnico com uma linguagem acessível a todos, seja na escrita ou na fala", declarou.

Valéria Ferraz informou que a palestra faz parte de um projeto estratégico da Ouvidoria, o Linguagem Cidadã no STJ, que pretende promover "uma verdadeira mudança de mentalidade no diálogo com a sociedade".

Linguagem simples no trabalho aproxima o cidadão dos serviços públicos

Gabriela Nascimento afirmou que a linguagem complexa afasta a população dos serviços públicos e dificulta o acesso a seus direitos. A linguagem simples, ao contrário, busca transmitir informações de forma clara, objetiva e inclusiva. Segundo ela, a linguagem simples é, ao mesmo tempo, uma técnica de comunicação e uma causa social, que aproxima quem produz a informação de quem a consome.

Na administração pública – explicou Gabriela –, o uso da linguagem complexa deixa de ser um meio de transmissão da mensagem e passa a representar um obstáculo ao entendimento, o que pode provocar atraso nos processos, retrabalho e perda de eficiência, prejudicando tanto os cidadãos quanto os servidores públicos. "Transformar a linguagem do setor público é uma forma de inovar e gerar melhores resultados para os usuários dos serviços", comentou.

Marília Resende apresentou algumas recomendações para a adoção da linguagem simples na elaboração de textos, entre elas: ter empatia com o destinatário, hierarquizar informações do texto e evitar o uso excessivo de substantivos e de frases longas e/ou intercaladas. Também é importante escolher adequadamente as palavras, optando pelas mais comuns e evitando jargões. "A linguagem simples encontra o que procura, compreende o que encontrou e usa sem pedir explicações", concluiu.

Veja fotos do evento.

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