Autor: Ricardo Oscar
Data de produção: 05/12/2024
Vivemos numa época “única” de nossa história, onde a tecnologia avança numa velocidade inacreditável.
Acompanharmos tanto evolução, e de uma forma tão rápida, não é nada fácil para nós, por exemplo, que somos da chamada “Geração X”, onde tudo de desenvolvia de modo lento e gradativo.
O uso da lousa com giz de cera. Ir ao quadro-negro (quando na verdade era verde) desenhar, ou escrever algo. Quanta alegria!
Lembro-me do uso da máquina de escrever, e do CURSO de datilografia (curso esse que, aliás, me possibilita uma digitação exemplar em nossos tempos modernos).
Quando finalizei o curso de Direito em 2015, já com 38 anos (nunca é tarde!), a quantidade de processos físicos “tramitando” nos fóruns já era relativamente pequena. O processo eletrônico já caminhava a passos largos, e aí comecei, de fato, a entrar em nossos tempos modernos.
Entretanto, por mais que pareça assustador tantas mudanças, percebo que, ao mesmo tempo, nunca tivemos tantas oportunidades em desenvolvermos e aprimorarmos nosso trabalho enquanto advogados e advogadas (profissionais do Direito, como um todo).
O uso “inteligente” das ferramentas disponíveis-inclusive aquelas criadas com base na Inteligência Artificial- nos dão a oportunidade em trabalharmos muito, por exemplo, com a ESTATÍSTICA, uma ciência que muitas vezes é estranha à nossa formação acadêmica, mas que é extremamente importante para fazermos um bom uso da análise de dados e acontecimentos que ocorrem em nosso dia a dia, em nossa atuação prática, e para um melhor relacionamento entre nós, nossos clientes e colaboradores.
Sim, fico impressionado com a velocidade (e a facilidade) com que colegas mais jovens detêm para utilizar tantos aplicativos e programas que são lançados, muitas vezes, quase que diariamente. A dificuldade para essa mesma adaptação certamente é maior para nós da “Geração X”, mas isso não deve nos amedrontar, ao contrário: gera a possibilidade de termos mais diferenciais em nossa atuação prática na advocacia, pois desse modo podemos agregar nossa experiência de vida com o uso da tecnologia. Não é fantástico?
Do meu estágio no JEC em 2011 LOGO no primeiro ano da faculdade (sim, tinha pressa- e vontade-em aprender) até nossos tempos modernos…..quanta coisa mudou, quanta coisa se transformou…. e se transforma. E continuará se transformando.
Cabe a nós aplicarmos o dilema do copo meio cheio, e meio vazio. Vemo-lo como meio cheio é melhor, não?
Aprendermos com os mais jovens. Aprendermos com os mais velhos. Sempre aprendermos.
Por outro lado, o que não “sai de moda” é o trabalho ético, responsável. Nós, advogados e advogadas, devemos fazer uso da tecnologia de modo adequado, respeitando sempre os limites definidos pelo Estatuto da Ordem. Pra quem gosta de usar e abusar das redes sociais, nunca deve se esquecer do cuidado na produção dos conteúdos e materiais divulgados.
Uma boa dose de coragem não faz mal a ninguém. O bom e velho networking também está com tudo em nossos tempos modernos.
A preguiça? Essa tem que passar longe.
Acredito que não temos mais a opção em termos um perfil acanhado, envergonhado. Em tempos modernos, seja qual for a função que ocupemos dentro da sociedade (incluindo, naturalmente, o mundo jurídico), se exige de nós a utilização de um valioso passaporte (e uma ferramenta indispensável) para ascendermos pessoal e profissionalmente: a habilidade da comunicação.
Não creio que ela seja genética. Tampouco herdada. Eu mesmo, por exemplo, a desenvolvi por muitos e muitos anos. O resultado? Maravilhoso!
Ah! Falando em redes sociais…É impressionante a quantidade de profissionais do Direito que tem alavancado de forma extremamente veloz suas carreiras com o uso dos mais variados meios de divulgação “digital” de seu trabalho. Apesar de parecer assustador algo que cresce de forma tão repentina, como já mencionado, me parece que, em tempos modernos, o avanço da tecnologia permite a consolidação desse avanço tão rápido em nossas vidas.
Num mercado cada vez mais competitivo, só cabe a nós fazermos a diferença: com disciplina, dedicação, criatividade e, principalmente, fazermos o que gostamos, não há limite para nosso crescimento e desenvolvimento profissional, inclusive nesses tempos modernos em que vivemos.
Este artigo não reflete, necessariamente, a opinião da AASP .
Ricardo Oscar
Minibio: Advogado em São Paulo, formado em Direito pela Universidade São Judas Tadeu.