Especialistas debatem desafios da auditoria interna governamental; encontro continua nesta sexta (7)

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Durante toda a tarde desta quinta-feira (6), especialistas de diversos órgãos públicos participaram dos debates no 12º Fórum Brasileiro da Atividade de Auditoria Interna Governamental, que se realiza no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O evento acontece até sexta (7), no auditório externo do tribunal, e está sendo transmitido ao vivo pelo YouTube. A programação completa pode ser conferida aqui.

A primeira mesa de discussões, intitulada "Auditoria Financeira em Ação: Desafios, estratégias e perspectiva da auditoria financeira", contou com a mediação da secretária de Auditoria Interna do STJ, Ana Paula Santana da Silva. Segundo ela, o diálogo entre os diversos órgãos governamentais é importante para que sejam compreendidos os desafios de se atingir um nível razoável de segurança no processo de auditoria financeira, bem como os meios para obtê-la.

A secretária ressaltou que há uma curva de aprendizagem para as equipes conseguirem realizar a auditoria financeira, que pode levar alguns anos para ser alcançada. "O STJ está focando em trilhas para diminuir a quantidade de pessoas necessária para realizar esse trabalho e aumentar a automação dos processos. Precisamos também capacitar os servidores e agregar valor a esse trabalho, que é imenso", afirmou.

Priscila Schubert da Cunha, assessora técnica da Secretaria de Auditoria Interna do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), expôs algumas das dificuldades do órgão. Entre elas, destacou o tamanho reduzido da equipe frente ao volume de trabalho, bem como a necessidade de um treinamento específico para desenvolver a metodologia desse tipo de auditoria, que pode demorar até nove meses.

Nesse mesmo sentido foi a intervenção do auditor-chefe do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Mauro Biancamano Guimarães, para quem é necessário sensibilizar a alta administração sobre a importância do trabalho desenvolvido. Ele ponderou que, diferentemente do CNJ, que atua para todo o Judiciário, o trabalho da auditoria do CNMP é voltado apenas para as unidades do próprio conselho.

Auditoria financeira tem mais exigências técnicas

A diretora da Secretaria de Auditoria Interna do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), Marília André da Silva Menezes Graça, falou sobre os desafios da auditoria da corte, que possui uma estrutura muito grande, com 13 seções judiciárias. Segundo informou, cada seção faz sua própria auditoria, mas o tribunal compila todas. Para a diretora, uma das formas de minimizar os desafios de realizar a auditoria interna com equipes reduzidas está no compartilhamento de informações entre os setores de auditoria, na automação do trabalho e na padronização de processos. 

O supervisor das auditorias financeiras realizadas pela Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Alves dos Santos Pereira, destacou que esse tipo de auditoria começou a ser realizada pelo órgão a partir de 2019 e ainda está em fase de aperfeiçoamento. Segundo ele, a auditoria financeira tem mais exigências técnicas, com mais normativos, e impõe um maior detalhamento nos relatórios, sendo a asseguração razoável o principal desafio. 

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