Tema de grande relevância para o futuro do Direito é o da relação entre inteligência artificial e advocacia.
O terceiro painel do 21º Simpósio Regional AASP foi marcado pelo debate sobre o tema Inteligência artificial e o exercício da advocacia.
O painel contou com a participação do moderador, ex-presidente da AASP, Renato Cury, advogado e mestre em Direitos Difusos e Coletivos, e das palestrantes Marina Feferbaum, mestre e doutora em Direito, e Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto, advogada, mestra e doutora em Direito do Trabalho e da Seguridade Social, para abordar os impactos que a inteligência artificial vai trazer para a advocacia.
Segundo Renato Cury, não existe uma fórmula, porém vivemos essa realidade. Não adianta lutar contra, é preciso saber lidar com as tecnologias em favor da advocacia.
Marina Feferbaum iniciou sua fala sobre os impactos da tecnologia na profissão jurídica. Um crescente constante no mercado de trabalho, o tema advocacia e inteligência artificial necessita de uma atenção especial.
São novas tecnologias em surgimento, com ela a crescente de inovações e startups. O radar no último abril teve um crescimento médio de 60% desse mercado inovador, afirma Marina.
As pesquisas demonstram que os escritórios estão em fase de preparados para as novas tecnologias, e em alguns casos existem uma pequena resistência. Escritórios menores, maioria no mercado de trabalho, utilizam menos tecnologia em relação aos grandes escritórios.
Toda essa inovação traz efeitos para a advocacia, acarretando na criação de empresas que passam a oferecer serviços auxiliares à prestação de serviços.
Um passo recente é a utilização do ChatGPT, que além de trazer uma resposta, faz a criação de respostas. A indústria jurídica aparece como um dos cargos que podem ser acometidos por essa inovação. Sendo assim, é preciso saber lidar com a tecnologia.
Passada a palavra para Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto, que abordou as habilidades para a advocacia do presente e do futuro. Quadro representado por pesquisas constantes sobre não só o futuro mais o presente da advocacia.
É importante ficar atento às habilidades que se deseja adquirir na advocacia. O desejo pessoal para melhora e preparação, pois a transformação tecnológica gerou a imersão de novas áreas no ramo do direito, como por exemplo ESG, proteção de dados.
A transformação apresentou para a advocacia pelo menos 27 novas funções, algumas denominadas compliance, gestão de risco, arquiteto jurídico, engenheiro jurídico, onde o profissional precisa ter habilidades complementares, relata Olívia.
O advogado em formato delta, para atuação ampla no mercado de trabalho nos dias atuais, necessita de habilidades judiciais como oratória, devendo ir em buscar de novos e complementares habilidades de gestão, tecnologia e socioemocional.
Por fim, a advocacia diversa, transforma o mercado jurídico, no que compreende as mudanças e o olhar atento para as constantes qualificações, na busca da fuga do determinismo tecnológico.