Eduardo Foz Mange fala ao jornal sobre os ataques em Brasília e o papel da
advocacia na defesa da democracia.
Em artigo exclusivo ao jornal Folha de S.Paulo, o Presidente da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), Eduardo Foz Mange, manifestou-se sobre os ataques às sedes dos três poderes, ocorridos no dia 8/1, em Brasília. Para ele, o papel da advocacia é defender o Estado Democrático de Direito e as instituições que o representam, cobrando ação das autoridades dentro dos limites legais. “As condutas devem ser individualizadas e garantido a cada um o devido processo legal, mas eles devem ser responsabilizados na forma da lei”, afirma.
Apesar de defender a punição dos responsáveis pelos atos, Mange afirma que “não se combate golpista com mais truculência”. Para o advogado, é essencial que os defensores tenham acesso aos autos do processo e que os direitos e garantias individuais sejam respeitados.
Ao ser indagado sobre a postura institucional adotada para conter os atos antidemocráticos, Eduardo Mange julga que as medidas se mostraram insuficientes. “Nós tivemos a posse do Presidente democraticamente eleito, sem nenhum indício de fraude, e oito dias depois houve esse ataque. O que aconteceu com as forças de segurança?”, questiona o presidente da Associação.
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