Segundo painel do Mês da Mulher AASP debate Ações Afirmativas

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Especialistas discutem a importância das políticas de inclusão e a necessidade de medidas para garantir a permanência de grupos minoritários no Ensino Superior e no mercado de trabalho.

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O segundo painel do Mês da Mulher AASP, realizado no dia 11/3, reuniu especialistas para discutir a relevância das ações afirmativas na promoção da igualdade e no combate à discriminação de gênero, racial e social no âmbito do Direito. O evento contou com a participação de Camila Moura de Carvalho e Záira Jesus Pereira, sob a mediação da Conselheira da AASP Patrícia Anastácio.

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Camila iniciou sua fala apresentando um caso ilustrativo: uma mulher negra, ingressante na universidade por meio de cotas raciais, que enfrenta diversas formas de preconceito racial, social e de gênero no ambiente acadêmico. A partir desse exemplo, Camila destacou que a Lei de Cotas, principal instrumento de ação afirmativa no Brasil, carece de mecanismos para assegurar a permanência desses grupos no Ensino Superior e no mercado de trabalho. Além disso, ressaltou a intersecção entre gênero e raça, enfatizando os desafios adicionais enfrentados pelas mulheres negras, vítimas de dupla discriminação. “É urgente a criação de leis e ações afirmativas específicas para impulsionar a inclusão da mulher negra e reduzir as desigualdades raciais e de gênero, sendo que o feminismo de quarta onda começa a ter seu viés também a partir de mulheres negras”, concluiu.

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Em seguida, Záira exaltou  as falas de Camila, dizendo que as ações fundamentais para mulher negra se unem à perspectiva sob a ótica do feminismo negro.  No decorrer do bate-papo, a palestrante abordou como o histórico da mulher negra se recria nas atitudes e reflexos da mulher negra atual, tanto na desvalorização como na existência na pirâmide social. Ela afirmou estar na base, atrás mesmo dos homens negros. “Ações afirmativas têm como objetivo a promoção da igualdade social, racial e de gênero por meio de reverter a representação negativa dos negros, promover a igualdade nas oportunidades e combater o preconceito”. Ela ainda ressaltou “ não adianta cotas raciais sem que a gente pense em continuidade e ações positivas para manter essa equidade em todos os núcleos”.

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Finalizando o painel, Patrícia contribui ao debate trazendo a importância do local de fala. “Nós, como mulheres negras, precisamos trazer mais importância e acolhimento a esse público, participando ativamente dos desafios e batalhas contínuas no processo de ações afirmativas que firmem a mulher no mercado de trabalho e ensino”.

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